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Foto do escritorDiego Cavalcante

Rótulos Machucam

"Como ele é preguiçoso", "Nunca vi ninguém tão teimosa", "Você é muito cabeça dura", "Ele é tão covarde", "Por que você é tão agressivo?"... Com certeza você já viu alguém usar essas expressões ou frases parecidas. Você mesmo já deve ter dito algo desse tipo para alguém.

São pequenas frases soltas, sem intenção de machucar, mas que podem causar feridas profundas. Essas frases são formas classificar as pessoas em determinadas características que podem levar o indivíduo a acreditar nesses rótulos, se tornando 'prisioneiros' de uma imagem construída pelos outros. As pessoas adotam os rótulos como parte de sua identificação pessoal e não se reconhecem quando agem de forma diferente a como são classificadas pelos outros.

Desqualificar alguém, criando um rótulo para a pessoa, é uma forma simplista de enxergar o seu próximo e, na verdade, diz muito mais sobre a pessoa que está falando do que a pessoa que é rotulada. Muitas vezes rotular alguém é uma reação, um mecanismo defesa que a pessoa utiliza pela dificuldade de lidar com o comportamento da outra pessoa.

Alguém que você rotula como agressiva, possivelmente pode ter essa reação agressiva com você exatamente porque te classifica como uma pessoa irritante. Quando você rotula seu filho de preguiçoso, talvez não esteja ciente de que pode estar provocando traumas que podem perdurar para vida toda.


Empatia é o segredo

Antes de rotular uma pessoa pense, se eu estivesse no lugar dela, gostaria de receber esse rótulo? Talvez você não tenha problemas em ser rotulado (consegue lidar bem com isso), mas é importante entender que muitas pessoas sofrem com rótulos que derrubam sua autoestima, pois são rótulos presentes tanto na vida familiar quanto no circulo social que podem de certa forma estar denegrindo a imagem da criança (indivíduo), e afetando diretamente em sua autoestima.

Se você se rotula facilmente ou é muito sensível ao julgamento e classificação das outras procure ajuda de um profissional. Essa atitude está te causando um mal desnecessário que você pode superar facilmente e transformar sua vida.


Então, de que forma agir?

Dicas do que pode ser feito para “substituir os rótulos”:


  1. Fale sobre o comportamento, nunca sobre o seu filho;

  2. Foque nas consequências. Se seu filho derramou suco ao se servir, ao invés de chamá-lo de desastrado, dê um pano para ele secar o que sujou;

  3. Ajude a criança a lidar com a situação. Se o seu filho apresenta dificuldade para interagir com outras pessoas, não diga que ele é tímido, ajude-o a vencer suas limitações;

  4. Tenha sempre em mente que rótulos são a sua maneira de interpretar a situação, não são verdades absolutas, nem são capazes de determinar quem somos. Para uma pessoa uma criança pode ser teimosa, para outra pode ser determinada, depende de que forma olhamos para a situação.

Quando rotulamos uma criança limitamos sua capacidade de amadurecer e se desenvolver. Seja paciente com seu filho. Lembre-se de que cada criança é única e cresce no seu tempo, evitar comparações também ajuda a evitar os rótulos.


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