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Ansiedade: o que é, e como controlar uma crise?

A ansiedade excessiva pode se tornar uma doença, conhecida como transtorno de ansiedade generalizada. Este quadro faz com que a pessoa apresente sintomas de preocupação e medo extremo diante de situações simples da rotina.

Sintomas

Sintomas de Ansiedade

A ansiedade e o transtorno de ansiedade podem causar sintomas tanto mentais quanto físicos, que atrapalham o dia a dia de diversas formas. Veja quais são os principais:

Sintomas psicológicos da ansiedade

  • Constante tensão ou nervosismo

  • Sensação de que algo ruim vai acontecer

  • Problemas de concentração

  • Medo constante

  • Descontrole sobre os pensamentos, principalmente dificuldade em esquecer o objeto de tensão

  • Preocupação exagerada em comparação com a realidade

  • Problemas para dormir

  • Irritabilidade

  • Agitação dos braços e pernas.


Sintomas físicos da ansiedade

  • Dor ou aperto no peito e aumento das batidas do coração

  • Respiração ofegante ou falta de ar

  • Aumento do suor

  • Tremores nas mãos ou outras partes do corpo

  • Sensação de fraqueza ou fadiga

  • Boca seca

  • Mãos e pés frios ou suados

  • Náusea

  • Tensão muscular

  • Dor de barriga ou diarreia.

Sintomas do ataque de pânico

Os ataques de pânico, ou crises de ansiedade, são uma reação comum aos transtornos de ansiedade, principalmente na síndrome do pânico. Suas principais características são:

  • Sensação de nervosismo e pânico incontroláveis

  • Sensação de morte

  • Aumento da respiração

  • Aumento da frequência cardíaca

  • Tonturas e vertigens

  • Problemas gastrointestinais.


Síndrome do pânico

A síndrome do pânico (CID 10 - F41.0) é um tipo de transtorno de ansiedade no qual ocorrem crises inesperadas de desespero e medo intenso de que algo ruim aconteça, mesmo que não haja motivo algum para isso ou sinais de perigo iminente.

Quem sofre do síndrome do pânico sofre crises de medo agudo de modo recorrente e inesperado. Além disso, as crises são seguidas de preocupação persistente com a possibilidade de ter novos ataques e com as consequências desses ataques, seja dificultando a rotina do dia a dia, seja por medo de perder o controle, enlouquecer ou ter um ataque no coração.


Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)

O transtorno obsessivo-compulsivo (CID 10 - F42), conhecido popularmente pela sigla TOC, é um distúrbio psiquiátrico de ansiedade. Sua principal característica é a presença de crises recorrentes de pensamentos obsessivos, intrusivos e em alguns casos comportamentos compulsivos e repetitivos.

Analogicamente falando, uma pessoa com TOC é como um disco riscado, que repete sempre o mesmo ponto daquilo que está gravado. Pacientes com este transtorno sofrem com imagens e pensamentos que os invadem insistentemente e, muitas vezes, sem que consiga controlá-los ou bloqueá-los.

Para essas pessoas, a única forma de controlar esses pensamentos e aliviar ansiedade que eles provocam é por meio de rituais repetitivos, que podem muitas vezes ocupar o dia inteiro e trazer consequências negativas na vida social, profissional e pessoal


Transtorno de estresse pós-traumático

O transtorno do estresse pós-traumático (CID 10 F43.1)(TEPT) pode ser definido como um distúrbio da ansiedade caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas físicos, psíquicos e emocionais.

Esse quadro ocorre devido à pessoa ter sido vítima ou testemunha de atos violentos ou de situações traumáticas que representaram ameaça à sua vida ou à vida de terceiros. Quando ele se recorda do fato, revive o episódio como se estivesse ocorrendo naquele momento e com a mesma sensação de dor e sofrimento vivido na primeira vez.

Essa recordação, conhecida como revivescência, desencadeia alterações neurofisiológicas e mentais. Saiba tudo sobre o transtorno de estresse pós-traumático aqui.

Ansiedade noturna

A ansiedade noturna está relacionada à privação de sono, reduzindo a qualidade de vida de quem sofre com o problema.

De acordo com informações da Associação de Ansiedade e Depressão da América (ADAA), 50% dos adultos afirmam experienciar maiores níveis do distúrbio emocional durante a noite.

Para muitas pessoas, a hora de dormir pode ser o único momento em que é possível refletir sobre a rotina. Por conta disso, tendemos a pensar em preocupações e antecipar o que devemos fazer no dia seguinte.

Consequentemente, nossa mente entende o momento de deitar-se na cama como um fator estressante, o que aumenta nossos níveis de adrenalina no período noturno, e impossibilita o sono.


Causas

Não se sabe ao certo por que algumas pessoas são mais propensas à ansiedade descontrolada do que outras. Alguns dos fatores que podem estar envolvidos nisso são:

  • Genética, ou seja, histórico familiar de transtornos de ansiedade

  • Ambiente, por exemplo passar por algum evento traumático ou estressante

  • Mentalidade ou modelo de pensamento, ou seja, a forma como a pessoa estrutura seus pensamentos ou linhas de raciocínio e, consequentemente, encara as situações do dia a dia

  • Doenças físicas.

Entre as doenças físicas que podem estar relacionadas à ansiedade, encontramos:

  • Problemas cardiovasculares, como as arritmias cardíacas

  • Doenças hormonais, como hipertireoidismo ou o hiperadrenocorticismo (aumento de atividade da glândula adrenal)

  • Problemas respiratórios, como o DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica)

  • Dores crônicas

  • Abuso de drogas, álcool ou medicações como os benzodiazepínicos.

Até mesmo eventos como concussões, tumores cerebrais, excesso de cortisol pelo corpo e infecções por bactérias chamadas estreptococos podem se assemelhar à ansiedade.


Fatores de risco

Algumas pessoas são mais propensas a terem distúrbios de ansiedade. Os principais fatores de risco são:

  • Eventos traumáticos na infância ou mesmo vida adulta

  • Estresse relacionado a doenças físicas sérias

  • Acúmulo de estresse

  • Tipo de personalidade, já que algumas pessoas tem uma personalidade naturalmente ansiosa, como os perfeccionistas e os controladores

  • Abuso de substâncias, como álcool, cigarro e drogas ilícitas.


Tratamento de Ansiedade

Caso a ansiedade excessiva esteja relacionada a uma doença física, seu tratamento adequado já trará alívio dos sintomas.

No entanto, se o paciente sofre de algum transtornos de ansiedade, o tratamento pode envolver diversas abordagens:

Algumas abordagens são mais recomendadas, como:


Psicoterapia

Psicanálise freudiana: O autoconhecimento é a chave desse tipo de psicanálise, baseada no pensamento de Freud. Ela foca o inconsciente e traz seus problemas para o consciente. Normalmente o profissional não faz um direcionamento, deixando com que a pessoa decida sobre o que quer falar. No caso da ansiedade, ela é interessante para entender as raízes dos pensamentos ansiosos.

Psicanálise junguiana: Ela leva em consideração "o inconsciente, o que é reprimido e tratá-lo através de símbolos, imagens oníricas, usando os sonhos como método de análise", diferencia a psicanalista Priscila. Também está mais ligada à busca pelo autoconhecimento e a recuperação da própria essência, mas também pode tratar depressão, ansiedade e encontrar a raiz desses problemas.

Psicanálise lacaniana: Nessa abordagem há associação livre de palavras e é através da linguagem que chegamos ao núcleo do ser.


Tratamentos naturais para a ansiedade

Pacientes já diagnosticados com um transtorno, como o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) ou a síndrome do pânico devem ter mudanças no seu estilo de vida que podem agir como remédios também, reduzindo a ansiedade. O psiquiatra Leonardo Maranhão indica algumas:

Controle da jornada de trabalho: "adultos até 50 anos não devem devem trabalhar mais de 40 horas semanais e, acima dessa idade, é recomendado que a jornada seja reduzida para cerca de 25 horas", explica o psiquiatra Maranhão.

Investir em momentos de lazer: Ter momentos que fujam do estresse, como passeios no parque, interação com animais de estimação e viagens são importantes para ter mais qualidade de vida e reduzir a ansiedade.

Prática de atividade física: de acordo com o psiquiatra, é preciso fazer um exercício aeróbico pelo menos três vezes da semana para que haja efeito significativo na redução da ansiedade.




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